A química no lixo eletrônico. por Thuanny Moraes.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Raramente paramos para pensar nas consequências que causamos ao jogarmos um equipamento eletrônico, por menor que seja, no lixo. Hoje em dia, os equipamentos eletrônicos possuem uma vida útil muito curta propositadamente e se ele não se torna inutilizável, a necessidade de ter produtos mais modernos e atuais fala mais alto, aumentando o consumo desnecessário e o lixo.

Segundo a revista Veja, edição especial de Sustentabilidade de dezembro de 2011, 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico altamente tóxico são produzidos, e esse lixo é um dos problemas de mais rápido crescimento no mundo.

Na composição destes equipamentos, há a presença de metais pesados e outros compostos químicos altamente tóxicos. Em contato com o solo, eles contaminam o lençol freático; se queimados, liberam toxinas perigosas.


No computador, por exemplo, são encontrados metais pesados, como chumbo, cádmio e mercúrio. Para muitos, são apenas elementos químicos da tabela periódica, mas na verdade a exposição desses elementos, de forma incorreta, é extremamente prejudicial.


O chumbo polui o solo, a água e o ar, contaminando os organismos vivos, devido a seu efeito bioacumulativo (não é facilmente expelido pelo metabolismo dos seres vivos, aumentando a sua concentração nos organismos à medida que é ingerido ou inalado), em toda a cadeia alimentar.

É absorvido pelos organismos vivos e vai se acumulando de forma contínua durante toda a vida. Pela contaminação da água ou do solo, entra com facilidade na cadeia alimentar, representando um perigo para o homem que se alimenta de peixes ou aves dessas áreas.

O cádmio também contamina o solo, o ar, a água e o lençol freático. É bioacumulativo em toda a cadeia alimentar (trófica), provocando intoxicação nos seres humanos quando ingerirem peixes contaminados com cádmio.

Embora ainda não seja possível separarmos os produtos químicos dos eletrônicos, algumas cooperativas estão criando um sistema para que esta separação seja realizada, sem contaminar o trabalhador e o meio ambiente. Uma incubadora está sendo projetada para esta finalidade, agregando assim mais valor ao equipamento que será vendido pela cooperativa.

Por isso, a necessidade de nos habituarmos e conscientizarmos a descartar corretamente esses equipamentos. Se você não sabe aonde destinar qualquer aparelho eletrônico, leve-o a uma cooperativa de e-lixo, lixo eletrônico, e deixe que o pessoal faça o restante.

Se quiser se informar mais sobre o assunto e até mesmo saber as cooperativas que recebem o seu lixo eletrônico, acesse o site http://www.e-lixo.org/. Se não quiser ou não puder levar a uma cooperativa, existem várias instituições de caridade prontas para receber sua doação.

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